A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta sexta-feira (20) contrária ao recurso que solicitava a revogação da prisão preventiva de um militar envolvido em uma investigação de tentativa de golpe. O ex-ministro, preso desde o último sábado (14), está sendo investigado por suspeitas de obstrução de Justiça, após tentar obter informações confidenciais de uma delação premiada.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que não houve elementos novos que justificassem a revisão da prisão, que continua sendo respaldada pelos motivos originais. De acordo com a PGR, os fatos que fundamentaram a prisão preventiva permanecem válidos e não há alterações no quadro fático que possam alterar a situação processual. A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que identificou o investigado como tendo um papel de liderança nos planos golpistas em questão.
O pedido de revogação gerou discussões políticas, com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro mobilizando-se em defesa do militar. No entanto, a análise dos desdobramentos da investigação indicou o envolvimento do investigado em ações de organização e financiamento relacionados aos eventos que estão sendo apurados. A decisão sobre a continuidade da prisão preventiva deve depender da evolução da apuração dos fatos.