Os preços do petróleo subiram cerca de 2% nesta sexta-feira, alcançando o maior valor em três semanas, impulsionados por expectativas de que novas sanções à Rússia e ao Irã possam reduzir a oferta global de petróleo. Além disso, a previsão de uma possível redução nas taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa fortalece as perspectivas de aumento na demanda por combustível. O contrato do petróleo Brent fechou a 74,49 dólares por barril, enquanto o WTI dos EUA alcançou 71,29 dólares, com ganhos acumulados de 5% e 6% na semana, respectivamente.
Os analistas atribuem essa alta à combinação de fatores, como a expectativa de novas restrições econômicas à Rússia e ao Irã, o crescimento das importações de petróleo da China, e a possibilidade de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve. O impacto das sanções da União Europeia à Rússia, focadas em sua frota de navios-tanque, e a possibilidade de um retorno das sanções internacionais contra o Irã também contribuem para a tensão no mercado. A China, por sua vez, registrou aumento nas importações de petróleo em novembro, o que deve continuar até 2025 devido à maior oferta da Arábia Saudita e às estratégias das refinarias chinesas.
A Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para cima suas previsões de crescimento da demanda global de petróleo para 1,1 milhão de barris por dia em 2025, citando o estímulo econômico da China como um dos principais fatores. Esse aumento nas expectativas de consumo, combinado com os desafios na oferta, mantém o mercado de petróleo em alta e reflete a continuidade da volatilidade, com a incerteza política no Oriente Médio e as tensões envolvendo grandes produtores globais.