Os contratos futuros de petróleo encerraram a sexta-feira, 20, com leve alta, impulsionados pela aceleração da queda do dólar no mercado externo. O petróleo WTI para fevereiro subiu 0,11%, fechando a US$ 69,46 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês avançou 0,08%, a US$ 72,94 o barril. Contudo, apesar da alta no dia, os preços do petróleo registraram perdas semanais superiores a 2%, refletindo a persistente preocupação com as perspectivas da demanda global, especialmente com a desaceleração da economia chinesa, principal consumidor da commodity.
O mercado continua abalado pela cautela do Federal Reserve (Fed) em relação a possíveis cortes de juros no ano seguinte, além das incertezas sobre o crescimento global e as restrições de oferta impostas pela Opep+. Esses fatores mantêm os investidores em alerta, uma vez que as tensões em torno do consumo na China e o fortalecimento do dólar continuam a pressionar as negociações. Uma pesquisa com analistas aponta que o preço do petróleo Brent deve se estabilizar em uma média de US$ 71,57 por barril em 2024, enquanto o WTI ficaria em torno de US$ 67,44.
Por outro lado, especialistas como Quasar Elizundia, da Pepperstone, destacam que o mercado de petróleo enfrenta uma encruzilhada, com a demanda global incerta e a oferta restrita, além da volatilidade do dólar. O JPMorgan sugere que, em 2025, as políticas dos EUA poderão ter um impacto secundário nos preços do petróleo, com foco em estabilizar o mercado energético enquanto lidam com os desafios do excesso de oferta. A pressão sobre países produtores como Irã, Venezuela e Rússia pode influenciar o mercado, mas o excesso de oferta continua sendo o maior obstáculo para a recuperação dos preços.