Os contratos futuros de cobre registraram alta nesta terça-feira (3), impulsionados pela pausa na valorização do dólar, uma vez que a commodity é cotada na moeda americana. No entanto, o destaque do dia ficou com as notícias sobre a possibilidade de a Opep+ estender os cortes na produção de petróleo. A organização de países produtores de petróleo e aliados deve discutir essa medida em reunião marcada para quinta-feira (5). O plano, que visa estender os cortes de produção até o fim de março de 2025, busca sustentar os preços diante de uma desaceleração da demanda global e aumento da oferta fora do grupo.
Enquanto isso, o mercado de petróleo também foi influenciado pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio, especialmente após novos desenvolvimentos no Líbano e na Síria. O petróleo WTI para janeiro subiu 2,70%, fechando a US$ 69,94 por barril, e o Brent para fevereiro avançou 2,49%, alcançando US$ 73,62 por barril. Esses aumentos de preços refletem, em parte, os temores de que o conflito na região possa afetar o abastecimento de energia global, especialmente em relação à infraestrutura no Irã.
Entretanto, há incertezas quanto à implementação dos cortes da Opep+. Os Emirados Árabes Unidos (EAU) têm permissão para aumentar gradualmente sua produção a partir de janeiro, o que pode gerar tensões dentro do grupo. Além disso, a produção dos EAU já ultrapassou os limites acordados, o que pode complicar as negociações. A consultoria Capital Economics alerta que a maior ameaça ao mercado de petróleo seria uma escalada no conflito no Oriente Médio, com a possibilidade de ataques à infraestrutura energética do Irã e uma subsequente retaliação contra outros produtores da região.