A Petrobras revisou seus planos estratégicos de descomissionamento de plataformas de óleo e gás, reduzindo em mais de 1 bilhão de dólares o valor destinado a essas operações para o período de 2025 a 2029. O novo plano prevê investimentos de aproximadamente 9,9 bilhões de dólares em descomissionamentos, enquanto no planejamento anterior, para o período de 2024-2028, o valor estimado era superior a 11 bilhões de dólares. A mudança foi motivada por ajustes na demanda e pela busca por otimizações nas atividades de descomissionamento, mas a empresa não detalhou os motivos específicos dessa redução.
No novo plano, a Petrobras indicou que o número de plataformas a ser removido seria consideravelmente menor do que o previsto anteriormente. Em vez das 23 plataformas originalmente planejadas para descomissionamento, a companhia agora prevê a retirada de apenas 10 unidades flutuantes até 2029, distribuídas entre as bacias de Santos, Espírito Santo e Campos. A revisão no número de plataformas também reflete mudanças nas estratégias de operação e novos estudos sobre o potencial de revitalização de unidades já inativas.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, havia declarado em setembro que a empresa estudava revitalizar algumas dessas plataformas, buscando estender sua vida útil em outros projetos. A medida inclui o recondicionamento de unidades como as plataformas P-35, P-37, P-47 e possivelmente a P-19. A estratégia também busca priorizar fornecedores locais, um aspecto relevante no contexto das políticas empresariais da companhia. A mudança de foco pode resultar em uma redução do ritmo de descomissionamentos previstos, mas também sugere novas possibilidades para o uso prolongado das unidades.