Apesar de o Ibovespa registrar recordes de fechamento em 2024, o índice de referência da Bolsa brasileira deve terminar o ano distante dos 134.185 pontos que marcavam sua abertura em janeiro. O desempenho do índice foi negativo, com uma queda acumulada de 9,68% até a terceira semana de dezembro. No entanto, o investimento em ações focadas no pagamento de dividendos demonstrou ser uma estratégia lucrativa, já que muitas empresas aumentaram a distribuição de lucros, o que beneficiou investidores de carteiras voltadas para essa modalidade.
A Petrobras se destacou, mais uma vez, no cenário de dividendos, liderando o ranking das empresas que mais distribuiram lucros aos acionistas em 2024. Com um retorno com dividendos superior a 20%, a petroleira distribuiu um total de R$ 84,42 bilhões até meados de dezembro. Outras empresas também se destacaram, como a Syn, que assumiu a liderança no ranking de retorno ajustado pela cotação das ações. No entanto, especialistas alertam que o Dividend Yield (DY), apesar de ser uma métrica importante, deve ser analisado com cautela, levando em conta o histórico de pagamentos e a sustentabilidade da estratégia de distribuição de proventos.
A análise dos especialistas aponta que, embora a renda fixa ofereça taxas atraentes no final do ano, diversas ações continuam a ser competitivas para aqueles que buscam renda passiva. Apesar de uma expectativa de queda no retorno com dividendos de algumas empresas, como a Petrobras, muitos analistas consideram 2025 um ano promissor para o mercado de dividendos, já que muitas empresas estão com balanços mais sólidos e podem continuar com distribuições generosas. O cenário ainda é positivo para investidores que buscam dividendos consistentes, especialmente de empresas com bons fundamentos e boas perspectivas de crescimento.