Uma pesquisa realizada pelo Ipespe, com apoio da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), revelou que a maioria da população brasileira apoia uma regulamentação mais rigorosa para os sites de apostas. Segundo o estudo, 59% dos entrevistados defendem ações mais incisivas do governo frente ao aumento das apostas online no país. Além disso, 85% manifestaram desconfiança em relação às empresas de apostas, e 59% se posicionaram contra esse tipo de atividade.
O impacto negativo das apostas na vida financeira das pessoas também foi destacado na pesquisa. Quarenta por cento dos entrevistados relataram que familiares ou conhecidos se endividaram devido às apostas, e 45% afirmaram que essas dívidas afetaram a qualidade de vida. Entre os apostadores, 45% admitiram que as apostas prejudicaram sua vida pessoal ou familiar, afetando principalmente compromissos financeiros essenciais, como o pagamento de contas e a compra de alimentos.
O estudo também apontou que uma grande parte da população considera os sites de apostas no Brasil inseguros e prejudiciais, com 57% avaliando-os negativamente. Mais da metade dos participantes (66%) se mostrou favorável à proibição da propaganda de apostas, sugerindo um paralelo com as restrições já existentes para produtos como cigarros. Além disso, 50% dos entrevistados consideram o endividamento decorrente das apostas online como um problema público, enquanto 47% veem a dependência de apostas como uma questão de saúde pública. O futebol, por sua vez, se destacou como o principal esporte associado às apostas, representando 60% das transações realizadas.