Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que 65,8% dos 2.895 municípios analisados enfrentam falta de vacinas essenciais do calendário nacional de imunização. O Ministério da Saúde respondeu afirmando que, exceto em casos pontuais de desabastecimento global, todas as vacinas estão sendo distribuídas conforme a demanda. A pesquisa destacou, entre as ausências mais críticas, a vacina contra a catapora, com falta registrada em 52,4% dos municípios, além da escassez de vacinas contra a covid-19 e coqueluche, que também afetam diversas regiões.
Em relação à covid-19, 25,4% dos municípios relataram a falta de doses, com um período médio de 45 dias sem disponibilidade. Apesar disso, o Ministério da Saúde garantiu que distribuiu 3,7 milhões de doses de vacina e que, em 2025, reforçará os estoques para evitar novos desabastecimentos. Já a vacina tríplice, que protege contra coqueluche, difteria e tétano, esteve ausente em 18% dos municípios, com a escassez sendo mais duradoura e preocupante, dado o aumento significativo de casos de coqueluche no país.
Santa Catarina foi o estado mais afetado, com 87% dos seus municípios sem vacinas essenciais, seguido pelo Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais. O Ministério da Saúde reforçou que, apesar das dificuldades pontuais, a distribuição de vacinas ocorre de forma transparente e é monitorada em tempo real, permitindo que os cidadãos acompanhem a entrega das doses. Além disso, o governo federal assegura que a tendência de crescimento das coberturas vacinais é positiva, especialmente após as campanhas de multivacinação realizadas em 2023.