O ano de 2024 se encerra com eventos marcantes na política global, incluindo 73 eleições nacionais e mudanças significativas em países estratégicos. Nos Estados Unidos, a posse de Donald Trump em seu segundo mandato promete uma agenda ambiciosa que poderá alterar a ordem mundial. Entre as promessas, destacam-se medidas de deportação em massa, guinadas protecionistas e negociações para encerrar conflitos como a guerra na Ucrânia e a crise em Gaza. Essas ações, no entanto, colocam em questão o papel dos EUA como líder global, com potenciais impactos nas relações multilaterais e na influência de organismos internacionais.
Na Venezuela, a reeleição de Nicolás Maduro, amplamente contestada, intensifica tensões internas e internacionais. A oposição, liderada por Edmundo González, busca legitimidade para reivindicar o poder, mas enfrenta um regime que controla as principais instituições do país. Apesar de sinais ambíguos, como a libertação de presos políticos, o governo Maduro endurece sua postura com novas legislações repressivas e uma reforma constitucional que reforça o controle chavista. O cenário permanece instável, com incertezas sobre o futuro político do país.
No Oriente Médio, líderes como Benjamin Netanyahu e Recep Tayyip Erdogan consolidam suas influências em um contexto de reconfiguração regional. Netanyahu enfrenta desafios internos e externos após liderar ofensivas em Gaza e outros territórios, fortalecendo a imagem de Israel como potência militar, mas isolando o país internacionalmente. Erdogan, por sua vez, emerge como um ator-chave ao aproveitar mudanças no cenário sírio e equilibrar alianças com potências ocidentais e orientais. Essas dinâmicas ilustram a complexidade e os custos de poder na região.