O caso da morte de uma mulher na Região Serrana do Rio, que inicialmente foi tratado como sequestro, evoluiu para uma investigação de feminicídio, com fortes indícios de premeditação. De acordo com o laudo da reprodução simulada do crime, o réu admitiu ter matado a vítima, mas sua versão sobre os detalhes do ocorrido apresenta diversas inconsistências, conforme apontado pelos peritos. A análise técnica sugere que o buraco onde o corpo foi enterrado já estava preparado antes da morte da vítima, o que contradiz a alegação do réu de que ele o cavou posteriormente. Além disso, houve contradições em relação ao auxílio de outra pessoa no processo de ocultação do corpo, algo que Lourival inicialmente negou, mas depois admitiu após insistentes questionamentos.
Durante a reprodução simulada, o réu relatou que encontrou a vítima em um shopping e, após uma briga, a agrediu, levando-a para um motel, onde ela teria urinando e sangrado. Em seguida, ele afirmou ter utilizado uma abraçadeira plástica no pescoço da vítima para evitar mais sangramentos, o que resultou em sua morte. Após cometer o crime, o réu teria tentado limpar o local e disfarçar a situação, além de pedir que a camareira lavasse um lençol sujo de sangue, alegando que a vítima estava menstruada. Posteriormente, ele transportou o corpo até sua casa, onde o enterrou em um buraco já existente.
A defesa do réu apresentou uma versão alternativa, sugerindo que o marido da vítima, o qual teria sido o verdadeiro mandante do crime. No entanto, essa versão não foi aceita pela promotoria, que segue a linha investigativa de homicídio triplamente qualificado. Além das inconsistências na versão do réu, a polícia também questiona a construção do buraco onde o corpo foi encontrado, que, segundo os peritos, não tinha a função estrutural alegada por Lourival. O caso segue sob investigação das autoridades, com o réu e outras pessoas sendo acusadas de envolvimento no crime.