Em um movimento inesperado, o presidente dos Estados Unidos anunciou no dia 1º de dezembro que concederia perdão incondicional ao seu filho, anulando suas condenações por crimes federais. Hunter Biden havia sido condenado em junho por três acusações, incluindo falsificação de informações em formulários de compra de armas e posse de arma enquanto usuário de substâncias ilícitas. Além disso, em setembro, ele havia se declarado culpado de evasão fiscal, o que poderia resultar em até 17 anos de prisão. O perdão, que abrange ainda qualquer crime cometido nos últimos dez anos, gerou divisões no cenário político.
Joe Biden justificou sua decisão dizendo que acreditava que seu filho havia sido alvo de uma perseguição injusta, principalmente por parte de opositores políticos no Congresso. Ele argumentou que essa situação foi usada para enfraquecer sua administração e que o processo havia sido contaminado por interesses partidários. A medida de perdão, que é uma prerrogativa constitucional dos presidentes dos Estados Unidos, foi comparada a outros casos históricos, como o perdão concedido por Gerald Ford ao ex-presidente Richard Nixon, após o escândalo de Watergate, e por Donald Trump, que perdoou aliados em diversos casos.
A decisão de Biden gerou debate sobre a imparcialidade do sistema judicial e a responsabilidade de um presidente em manter a confiança pública na integridade da justiça. Especialistas como o cientista político Roger Smith apontam que o perdão pode ter sido motivado por um dilema moral, em que Biden sentiu que seu filho foi injustamente perseguido, mas ao mesmo tempo teve que equilibrar sua posição como líder do país e garantir a credibilidade do processo judicial para as futuras administrações.