O Pentágono informou que o número de soldados dos Estados Unidos na Síria é de 2 mil, mais do que o dobro dos 900 mencionados anteriormente. O porta-voz do Pentágono, major-general Pat Ryder, esclareceu que as tropas adicionais são temporárias e foram enviadas para apoiar a missão contra os militantes do Estado Islâmico. Segundo Ryder, o aumento no efetivo provavelmente ocorreu há vários meses, embora o número exato não tenha sido especificado. Essa mudança reflete a complexidade e a continuidade da presença militar dos EUA no país, que começou durante o governo Obama e se intensificou sob a administração de Donald Trump.
Os Estados Unidos mantêm a presença militar na Síria com o objetivo de evitar o ressurgimento do Estado Islâmico, que havia conquistado grandes territórios antes de ser largamente derrotado. No entanto, essa presença tem gerado debates sobre sua legitimidade e eficácia. O governo de Joe Biden afirmou que os soldados dos EUA permanecerão na Síria, uma postura que pode ser alterada dependendo da administração, especialmente com a possível chegada de Donald Trump à presidência em janeiro de 2025. O número de tropas americanas em outros países, como o Afeganistão, já foi revisado pelo Pentágono em ocasiões anteriores, como em 2017, quando foi revelado que o efetivo era maior do que o divulgado inicialmente.
A situação na Síria permanece volátil, com um conflito prolongado envolvendo múltiplos atores regionais e globais, como Rússia, Irã e Arábia Saudita. Desde o início da guerra civil em 2011, milhões de pessoas foram deslocadas e mais de 300 mil civis perderam a vida. A intervenção militar internacional, incluindo a dos EUA, foi um fator central na luta contra o Estado Islâmico e outros grupos armados. O conflito ainda está longe de ser resolvido, e a presença militar estrangeira continua a ser um ponto de tensão no cenário geopolítico da região.