Kevin Ray Underwood, condenado pelo abuso sexual e assassinato de uma menina de 10 anos em Oklahoma, foi executado na última quinta-feira (19) com injeção letal. Com 45 anos, ele se tornou a 25ª pessoa a ser executada nos Estados Unidos em 2024. A execução ocorreu em um contexto onde, embora a pena de morte tenha perdido apoio em várias partes do país, 53% da população ainda a considera apropriada para crimes de assassinato, conforme pesquisa recente da Gallup. A execução foi realizada na penitenciária estadual de Oklahoma, onde Underwood foi declarado morto dez minutos após o início do processo.
A pena de morte, que tem perdido força ao longo dos anos, continua sendo um tema controverso nos Estados Unidos. Em 2024, o país registrou o décimo ano consecutivo com menos de 30 execuções, refletindo uma tendência de diminuição da aplicação dessa punição. Ao longo do ano, nove estados realizaram execuções, com o Alabama liderando com seis casos, seguido pelo Texas e Missouri, entre outros. A dificuldade em obter os medicamentos necessários para a injeção letal tem sido um obstáculo, com algumas empresas farmacêuticas se recusando a fornecer substâncias para esse fim.
Além disso, os estados de Indiana e Utah implementaram métodos controversos, como o gás nitrogênio, em algumas execuções. Enquanto isso, 23 estados já aboliram a pena de morte, e seis outros mantêm moratórias. A pesquisa da Gallup também mostra que a divisão de opinião sobre a pena capital segue sendo um tema polarizador, com uma ligeira maioria a favor da sua aplicação, especialmente para casos de assassinato. A implementação da pena de morte e os métodos de execução continuam a ser temas de debates intensos nos Estados Unidos.