O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou ao juiz responsável pelo caso envolvendo a ex-atriz Stormy Daniels o arquivamento das acusações e a anulação do veredicto do júri, que o havia considerado culpado de fraude fiscal. Para justificar o pedido, a defesa de Trump recorreu aos argumentos utilizados pelo presidente democrata Joe Biden no caso de seu filho, Hunter Biden, que foi indultado em uma situação semelhante, envolvendo acusações de evasão fiscal e posse ilegal de arma de fogo. A defesa alega que ambos os casos foram politicamente motivados e que Trump, assim como Hunter Biden, foi alvo de um tratamento injusto por parte das autoridades.
Os advogados de Trump invocaram diversos fundamentos legais, incluindo a imunidade presidencial e a lei de transição presidencial, para pedir a anulação imediata das acusações contra o ex-presidente. Eles argumentam que as acusações fazem parte de uma campanha política contra Trump e que o Departamento de Justiça sob a gestão de Biden teria agido de forma seletiva. O juiz Juan Merchan, que conduz o caso, adiou indefinidamente a sentença e aceitou o pedido da defesa para revisar as alegações antes de tomar uma decisão final, que pode ocorrer após a posse de Trump, prevista para janeiro de 2025.
O caso em questão remonta a um pagamento de US$ 130 mil feito durante a campanha presidencial de 2016 para que Stormy Daniels não revelasse um suposto caso extraconjugal com Trump, algo que ele sempre negou. A promotoria argumenta que esse pagamento foi uma tentativa de encobrir um escândalo que poderia prejudicar a campanha eleitoral de Trump contra Hillary Clinton. Agora, o tribunal decidirá se as acusações serão definitivamente descartadas ou se o caso será suspenso até o término do mandato de Trump, gerando um impasse jurídico com implicações para sua trajetória política futura.