Diversos partidos da base aliada, incluindo Republicanos, PP, MDB, PT, PDT, PCdoB e Podemos, firmaram apoio ao pacote fiscal proposto pelo governo Lula, com o objetivo de economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. O requerimento foi formalizado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães, do PT, e conta com o apoio de parlamentares de 243 votos na Casa. Contudo, a proposta não obteve a adesão de União Brasil e PSD, que juntos possuem 101 votos, e também não foi endossada por outras legendas da base, como PSB, Solidariedade, PV e Psol.
O pacote fiscal inclui medidas como revisão nos benefícios assistenciais, limitação do aumento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação por ano e a proibição de novos incentivos tributários em situações de déficit nas contas públicas. A proposta visa ajustar as contas do governo e garantir maior equilíbrio fiscal. O deputado Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, também se destacou entre os signatários e é cotado para a presidência da Câmara, o que reforça a articulação política em torno do pacote.
Apesar do apoio de diversos partidos, algumas lideranças têm manifestado críticas ao projeto. José Nelto, do União-GO, embora tenha assinado o requerimento, considera que o pacote é insuficiente e sugere que ele pode ser aprimorado ou até rejeitado. A divergência de opiniões evidencia o desafio que o governo enfrenta para consolidar apoio amplo às suas propostas de ajuste fiscal, especialmente em um cenário político fragmentado e com desafios econômicos significativos.