O Partido Progressista (PP) está sendo alvo de uma ação judicial movida por outros partidos que alegam fraude no cumprimento da cota mínima de 30% de mulheres nas candidaturas. De acordo com a ação, pelo menos cinco mulheres foram registradas como candidatas, mas não realizaram campanhas eleitorais nem receberam recursos do partido. Entre as figuras políticas envolvidas, estão vereadores eleitos que podem ter seus mandatos cassados, incluindo um nome de destaque na chapa do PP.
O caso está sendo conduzido pelo escritório de um ex-juiz eleitoral, que afirma ter evidências de que o PP usou candidaturas fictícias para cumprir a cota feminina exigida pela legislação. Algumas das mulheres registradas, como uma atriz com grande número de seguidores nas redes sociais, não fizeram qualquer movimentação de campanha ou receberam recursos para sua candidatura. A investigação segue em andamento, com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aguardando uma decisão judicial.
O PP se defende afirmando que todos os candidatos cumpriram as exigências legais, realizaram suas campanhas e prestaram contas corretamente. A legenda destaca que o candidato menos votado na sua chapa foi do sexo masculino, e que a eleição da vereadora que obteve grande votação refuta as alegações de fraude. A ação judicial questiona se a prática de inserir candidaturas sem efetiva campanha pode levar à cassação dos mandatos e à invalidação dos votos obtidos, com o TSE já tendo estabelecido normas claras sobre esse tipo de prática.