A China continua sendo a principal parceira comercial do Brasil, mas com variações importantes em 2024. De janeiro a novembro deste ano, a participação chinesa nas exportações brasileiras caiu de 30,7% para 28,6%, enquanto o peso da China nas importações do Brasil aumentou de 21,9% para 24,1%. Esses dados foram apresentados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e refletem uma mudança no perfil das trocas comerciais internacionais.
De acordo com a FGV, o aumento das exportações brasileiras para os Estados Unidos e a União Europeia, além da queda nas importações desses parceiros, contribuiu para a redução da participação da China nas exportações. Por outro lado, a Argentina, apesar de sua crise econômica, intensificou suas compras e vendas com o Brasil, especialmente no setor automotivo, o que impactou a balança comercial de forma positiva.
O superávit total da balança comercial brasileira até novembro foi de US$ 69,9 bilhões, e as previsões da FGV indicam que esse número pode chegar a um total entre US$ 74 bilhões e US$ 78 bilhões ao final do ano. No comércio com a China, o Brasil já acumula um superávit de US$ 31 bilhões, correspondendo a 44,3% do saldo positivo da balança até o momento.