Neste sábado (7), o parlamento da Coreia do Sul rejeitou o pedido de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol, que havia enfrentado críticas intensas após decretar a Lei Marcial no país. A proposta de impeachment não obteve os dois terços dos votos necessários, apesar das pressões tanto da oposição quanto de membros do próprio partido governante, que questionaram a decisão do presidente. O decreto de Lei Marcial, que visava proteger o país de ameaças externas, foi revogado poucas horas após a votação parlamentar, gerando um clima de instabilidade política.
A medida polêmica foi decretada na terça-feira (3), em um contexto de crescente tensão com a Coreia do Norte. Apesar das explicações de Yoon de que o objetivo era fortalecer a defesa nacional, a medida foi rapidamente derrubada pelo parlamento, que considerou desnecessária e excessiva. A oposição, que não possuía apoio suficiente para aprovar o impeachment por si só, buscava o apoio de ao menos oito parlamentares do partido governante, mas não obteve sucesso na mobilização necessária para abrir o processo.
Após a revogação da Lei Marcial, Yoon fez um pronunciamento à nação na manhã de sábado, expressando arrependimento pela decisão e garantindo que não haverá uma nova declaração de Lei Marcial. O presidente também se desculpou pela comoção pública gerada, e o discurso representou sua primeira aparição pública desde a revogação do decreto. Embora o impeachment tenha sido descartado neste momento, o episódio evidencia as tensões políticas internas e a polarização crescente na política sul-coreana.