No sábado, 14, parlamentares ligados ao ex-presidente reagiram nas redes sociais à prisão do general da reserva, considerando-a uma afronta às Forças Armadas e um reflexo da suposta corrosão democrática no Brasil. As declarações enfatizaram a acusação de que o governo atual estaria perseguindo a oposição, apontando a prisão como mais uma etapa de um processo autoritário. Diversos membros do PL e outros aliados de Bolsonaro manifestaram críticas à cúpula militar nomeada pelo presidente atual, sugerindo que a ação de autoridades judiciárias configura um golpe contra os militares.
A prisão do ex-militar está vinculada às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, com indícios de seu envolvimento no planejamento e financiamento de ações para manter Bolsonaro no poder. O general, que foi detido com o apoio do Exército, permanece sob custódia do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro. A defesa do ex-militar nega envolvimento em atividades ilegais, inclusive no que diz respeito ao suposto planejamento de assassinatos de autoridades.
As investigações apontam que o ex-militar teria participado ativamente no apoio a um plano golpista, com provas de sua contribuição financeira para ações violentas contra autoridades do governo. A decisão judicial que resultou em sua prisão foi respaldada pela Procuradoria-Geral da República, que alegou que ele representa um risco à ordem pública e à continuidade das investigações. A operação, que contou com a cooperação de diversas forças, continua a ser um ponto de intensa polarização política no país.