Ser Papai Noel no Natal vai além de vestir a fantasia: o trabalho exige preparação física e psicológica, dedicação e paciência. Em cidades do centro-oeste paulista, como Bauru e Marília, profissionais assumem a função durante a temporada natalina e garantem uma boa renda extra, que pode variar entre R$ 8 mil e R$ 10 mil em cerca de 40 dias de trabalho. No entanto, a rotina intensa, que pode incluir até 12 horas de trabalho por dia, sete dias por semana, exige mais do que um simples desempenho de personagem. A satisfação de ver a alegria das crianças e a recompensa financeira são motivações, mas o trabalho também envolve reflexões sobre os desejos e emoções dos pequenos.
Os trabalhadores que se vestem de Papai Noel, como André Mednis, engenheiro que desempenha a função durante o Natal, e Carlos, atendente de estacionamento, compartilham que a experiência traz momentos especiais. Além de lidar com pedidos inusitados, como o de uma criança que pediu uma roupa do Michael Jackson, esses profissionais se dedicam a criar momentos de magia e felicidade para as famílias. No entanto, a função exige habilidade para improvisar e lidar com as reações diversas das crianças, tornando a experiência desafiadora, mas recompensadora.
Apesar da motivação financeira ser importante, os papais noéis destacam que o trabalho envolve muito mais. É necessário entender e interagir com os sentimentos das crianças, com foco na criação de uma atmosfera mágica e feliz. Para eles, ser o bom velhinho não é apenas um trabalho temporário, mas uma forma de espalhar felicidade, o que exige compromisso e um esforço contínuo para manter viva a magia do Natal, especialmente nos momentos mais desafiadores da temporada.
