No tradicional discurso de Natal, o Papa Francisco fez um apelo por harmonia social em países como Venezuela, Haiti e Nicarágua, além de reforçar a importância de negociações para o fim dos conflitos globais, como a guerra na Ucrânia. A analista internacional Fernanda Magnotta destacou a relevância das palavras do pontífice para a América Latina, especialmente pela sua compreensão das realidades regionais, dado seu conhecimento profundo sobre os contextos políticos e sociais da região. O Papa também abordou os desafios enfrentados por essas nações, enfatizando a necessidade de diálogo e de soluções pacíficas.
Na Venezuela, o Papa Francisco chamou atenção para a crise de legitimidade do governo, marcada por acusações de autoritarismo, violações dos direitos humanos e agravamento da desigualdade social e econômica. A situação no país continua sendo um tema sensível, agravado por um isolamento internacional devido a sanções e pela gestão instável do governo, que tem buscado manter o poder diante de crescentes dificuldades internas. A fome e a escassez de recursos são problemas que afetam a população, segundo o pontífice.
Quanto à Nicarágua, a analista Fernanda Magnotta mencionou o crescente autoritarismo do governo de Daniel Ortega, que tem gerado preocupações dentro e fora do país, especialmente pela repressão à Igreja Católica e instituições associadas. O discurso do Papa não se limitou a questões políticas, mas também abordou a situação das liberdades religiosas e de expressão. O pontífice também reiterou seu chamado global pela paz em regiões como Gaza, refletindo uma mensagem de esperança e compromisso com a resolução pacífica de disputas internacionais.