Na última sexta-feira (13), o Papa Francisco se reuniu com o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, no Vaticano, para reforçar as relações diplomáticas entre o Vaticano e o Líbano. Durante o encontro, que ocorreu na Secretaria de Estado, foi destacada a importância da contribuição da Igreja Católica para o bem-estar do país. A declaração oficial do Vaticano enfatizou também a esperança de que a coexistência pacífica das diversas religiões continue sendo um pilar da identidade libanesa, especialmente após o recente cessar-fogo com Israel no sul do Líbano.
O Papa, que tem demonstrado uma postura cada vez mais crítica em relação ao conflito entre Israel e grupos radicais, também se posicionou contra a escalada de ataques militares na região. Em outubro, ele expressou sua insatisfação com a incapacidade da comunidade internacional em interromper a violência, destacando as ações israelenses em Gaza e no Líbano. A crítica incluiu um repúdio aos ataques aéreos israelenses no Líbano, que visaram alvos do Hezbollah, grupo considerado uma ameaça por Israel.
O contexto mais amplo do encontro está marcado pela continuidade de conflitos violentos na região. Após meses de bombardeios israelenses no Líbano, um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah foi aprovado no final de novembro, embora a guerra em Gaza continue. Desde o início dos ataques, mais de 43 mil palestinos perderam a vida, e as destruições em Gaza têm sido devastadoras. Além disso, os confrontos envolvendo o Irã e suas milícias na Síria e outros países do Oriente Médio têm intensificado a tensão regional, sem, no entanto, resultarem em uma guerra de maior escala até o momento.