O Papa Francisco condenou novamente os ataques aéreos israelenses em Gaza, qualificando-os de crueldade e afirmando que não se tratam de uma guerra legítima. Durante seu tradicional discurso de Natal aos cardeais, o pontífice fez uma referência direta aos recentes bombardeios que resultaram na morte de ao menos 25 palestinos, destacando que crianças estavam entre as vítimas. Em declarações publicadas em livro, Francisco também sugeriu que os ataques de Israel poderiam configurar genocídio, um comentário que gerou críticas do governo israelense.
Em resposta, o ministro israelense para Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli, acusou o Papa de banalizar o conceito de genocídio em uma carta aberta publicada na imprensa italiana. Embora o pontífice tenha sido tradicionalmente cauteloso em se posicionar sobre conflitos internacionais, ele tem se mostrado mais vocal sobre a violência em Gaza, especialmente após o início da ofensiva militar de Israel, que resultou na morte de dezenas de milhares de palestinos.
Além disso, o Papa mencionou a recusa das autoridades israelenses em permitir que o bispo católico de Jerusalém entrasse na Faixa de Gaza para realizar uma visita pastoral. Apesar das tensões, as autoridades militares israelenses afirmaram que o acesso seria possível após questões de segurança serem resolvidas, e destacaram a colaboração com a comunidade cristã para garantir a segurança dos clérigos e a ajuda humanitária à população local.