O Panamá foi oficialmente aceito como membro associado do Mercosul durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do bloco, realizada em Montevidéu, no Uruguai, na sexta-feira (6). O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, assinou três acordos, incluindo um de complementação econômica e dois de compromissos democráticos, com destaque para a coordenação com o Brasil na elaboração do acordo econômico. Este evento marcou também a participação da Bolívia como novo membro pleno do Mercosul, após sua adesão em julho de 2024.
O Brasil tem um papel central no estreitamento das relações comerciais com o Panamá, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do país centro-americano no comércio global, considerando que cerca de 6% do comércio mundial passa pelo Panamá. De janeiro a junho de 2024, o Brasil registrou um superávit comercial significativo com o Panamá, com exportações brasileiras alcançando US$ 440,9 milhões, enquanto as importações somaram apenas US$ 7,8 milhões, resultando em um superávit de US$ 433,1 milhões.
Além da adesão do Panamá, a cúpula também foi marcada pelo anúncio de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, após 25 anos de negociações. A redução das tarifas de exportação entre os países dos dois blocos promete ampliar as oportunidades comerciais, refletindo o crescente dinamismo das relações econômicas entre as regiões.