O Panamá ingressou oficialmente no Mercosul como membro associado durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do bloco, realizada em Montevidéu, no Uruguai, em 6 de dezembro de 2024. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, assinou três acordos importantes, incluindo um de complementação econômica e dois relacionados a compromissos democráticos. Esta adesão marca um marco histórico, sendo o Panamá o primeiro país da América Central a integrar o Mercosul como estado associado.
O acordo de complementação econômica foi essencial para o processo de adesão, com a mediação do Brasil, que já vinha discutindo a participação panamenha no bloco desde a cúpula anterior. Durante a reunião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância estratégica da inclusão do Panamá, um país que representa 6% do comércio mundial, e que agora será beneficiado por preferências comerciais com os membros plenos do Mercosul.
Além disso, a cúpula também marcou a assinatura de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, um avanço significativo após 25 anos de negociações. Em 2024, o comércio bilateral entre Brasil e Panamá já apresentava um superávit favorável ao Brasil, com exportações brasileiras totalizando US$ 440,9 milhões no primeiro semestre do ano. Com essa nova parceria, espera-se que o fluxo comercial entre os países aumente consideravelmente.