No Alto Tietê, a tradição de montar presépios se transformou em um verdadeiro hobby de colecionismo para pessoas como Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero. Para Roberto, a coleção de cerca de 80 presépios, que começou com um presente do Peru, é uma forma de celebrar tanto a fé quanto a diversidade cultural representada pelas peças. Ele compartilha sua coleção em três categorias: peças pessoais, presépios voltados para eventos religiosos e aqueles que refletem diferentes tradições culturais ao redor do mundo. Ele destaca a importância de cada peça, que conta uma história única e, para ele, mais do que a quantidade, é o significado que cada item carrega.
José Carlos Maziero, por sua vez, dedica-se à montagem de um imenso presépio, com cerca de cinco metros, que leva três meses para ser finalizado. A tradição começou quando ele resolveu construir uma casinha de pinhas para suas filhas, o que deu início a um trabalho manual repleto de detalhes criativos, como barris de vinho feitos com rolhas e parreiras de uva feitas de alpiste. Sua dedicação é visível na forma como o presépio ganha vida, com os reis magos se aproximando da manjedoura, simbolizando o nascimento de Jesus. Para ele, o presépio é uma forma mágica de manter viva a fé, especialmente durante a noite de Natal, quando a família se reúne para orações e celebrações.
Ambos os colecionadores enfatizam a importância do presépio como um símbolo de fé e união familiar, com Roberto destacando que, para ele, não existe um presépio preferido, pois todos têm um valor especial. Já José Carlos vê sua tradição como uma maneira de compartilhar momentos de espiritualidade e emoção com seus entes queridos, sempre com um toque pessoal em cada criação. O presépio, para eles, vai além de uma simples decoração natalina: é uma forma de resgatar e viver a magia do Natal.