O pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina morto aos 22 anos por um policial militar em São Paulo, divulgou uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo por justiça e denunciando a violência policial no estado. Marco Aurélio foi morto após uma abordagem, quando, aparentemente embriagado, deu um tapa em um retrovisor de viatura e tentou fugir, sendo baleado a queima-roupa. Imagens de câmeras de segurança desmentiram a versão inicial da polícia, que alegava legítima defesa. O caso gerou grande comoção e críticas à atuação das forças de segurança.
Na carta, Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio e professor da USP, expressou sua dor e frustração com a conduta das autoridades, especialmente o secretário de segurança pública de São Paulo, e o governador do estado. Acosta relatou a angústia de tentar salvar seu filho enquanto enfrentava obstáculos e informações falsas por parte da polícia. Além disso, ele criticou a falta de punição efetiva aos responsáveis e a impunidade que perpetua a violência policial no estado. O caso é parte de um contexto maior de aumento da letalidade policial em São Paulo, que tem gerado protestos e apreensão entre a população.
O apelo do pai de Marco Aurélio também reflete a crescente insatisfação com as políticas de segurança pública e a atuação das autoridades em casos de violência policial. O número de mortes causadas por ações policiais aumentou significativamente em 2024, o que tem gerado debates sobre a eficácia e os métodos das forças de segurança. A carta aberta se tornou um símbolo de resistência e um pedido de mudanças profundas no sistema de justiça e segurança do estado. O caso segue sendo investigado, mas a resposta das autoridades tem sido alvo de críticas tanto por sua lentidão quanto pela falta de transparência.