O cantor Flavinho, líder do grupo Pagodart, compartilhou os desafios de manter a relevância após 25 anos de carreira no cenário do pagodão. O grupo, que se tornou famoso com hits como “Uisminofay”, continua buscando formas de se conectar com o público, especialmente as novas gerações. Para isso, o Pagodart tem investido em parcerias com outros nomes conhecidos da música baiana e no lançamento de um projeto audiovisual que celebra o seu legado. O trabalho, gravado em Salvador, contará com participações de artistas renomados, e visa trazer uma mescla de músicas novas com os clássicos que marcaram sua trajetória.
Além das colaborações, o grupo tem aproveitado o impacto das redes sociais, especialmente plataformas como TikTok e Instagram, para renovar sua base de fãs. Flavinho comentou que muitos jovens estão descobrindo o trabalho da banda por meio desses canais, além de filhos de antigos admiradores que se encantam com o estilo de pagode baiano. Entre os novos sucessos, a música “Bit do Cavaquinho” já se tornou um fenômeno nas redes sociais, alcançando centenas de milhares de acessos em pouco tempo. O cantor destacou que, apesar de ser um grupo com mais de duas décadas de carreira, o Pagodart continua firme em sua missão de atrair novos públicos enquanto preserva sua essência.
Flavinho também se pronunciou sobre o Projeto de Lei 147/2024, que visa restringir a contratação de artistas com letras consideradas inadequadas, como aquelas que fazem apologia a crimes ou estimulam comportamentos negativos. Para o cantor, embora o projeto tenha boas intenções, ele pode afetar a indústria musical local e gerar desafios para os artistas. Flavinho enfatizou a importância de criar músicas de qualidade que resistam ao tempo e que possam ser apreciadas por diversas gerações, sem cair em letras de curto prazo. O Pagodart segue apostando na renovação e no equilíbrio entre inovação e tradição para manter seu legado vivo no cenário musical baiano.