Pacientes com insuficiência renal no Hospital Estadual de Bauru, no interior de São Paulo, têm enfrentado longas esperas para realizar o procedimento de hemodiálise, o que tem imposto internações prolongadas e dificuldades para retornar para suas casas. A escassez de vagas para o tratamento tem gerado um impacto negativo, tanto para os pacientes, que permanecem confinados em quartos hospitalares, quanto para as famílias, que sofrem com a sobrecarga emocional e financeira. De acordo com relatos de pacientes e familiares, a falta de estrutura e a impossibilidade de realizar o procedimento de forma domiciliar têm gerado um sofrimento adicional, com poucos recursos e sem atividades disponíveis para os internados.
O problema está relacionado à insuficiência de máquinas de hemodiálise, que atualmente são insuficientes para atender à crescente demanda na região. A Diretoria Regional de Saúde (DRS) de Bauru, responsável pela gestão de 151 máquinas de hemodiálise, admite que a quantidade de equipamentos não é suficiente para suprir as necessidades de um número crescente de pacientes. Embora existam planos de expansão, incluindo a instalação de novas máquinas no Hospital das Clínicas de Bauru, não há previsão para que as melhorias se tornem realidade em curto prazo.
A situação tem gerado transtornos significativos, tanto para os pacientes internados quanto para a gestão dos hospitais da região. A DRS informou que está acompanhando os casos com equipes multidisciplinares e avaliando medidas para reduzir as filas e melhorar o atendimento. Contudo, a ampliação do serviço continua sendo uma promessa sem data definida, enquanto a realidade para muitos pacientes segue sendo a de internações intermináveis e condições adversas dentro do hospital.