Em entrevista coletiva após a última sessão de 2024 no Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, fez um balanço de seus quatro anos à frente do Senado e esclareceu que não assumirá um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo ano, apesar de ter sido cotado para essa função. Pacheco, cujo mandato como presidente do Senado vai até fevereiro de 2025, também explicou que o atraso na votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) se deu devido à discussão de projetos relacionados ao corte de gastos, os quais impactam diretamente a proposta orçamentária.
Pacheco indicou que a sua prioridade após deixar a presidência do Senado será continuar no Senado, com foco na representatividade de Minas Gerais e na contribuição para o avanço de projetos como a atualização do Código Civil e a reforma do Código Penal. Ele também defendeu que o Congresso tem capacidade para realizar melhorias na gestão pública sem a necessidade de prejudicar os servidores, destacando as reformas já realizadas, como a trabalhista e a política, que contribuiu para a redução do número de partidos no Brasil.
Em relação ao futuro político, Pacheco afirmou que não há discussões sobre sua possível entrada no governo federal, e reiterou que seu compromisso é com o Senado. Além disso, a situação do PSD no governo Lula, que já ocupa três ministérios, foi mencionada como um tema de debate entre a sigla e o PT, especialmente por causa da influência crescente de Gilberto Kassab, líder do partido, no governo paulista e sua proximidade com a oposição.