O preço do ouro registrou alta na terça-feira (24), mesmo com volumes de negociação baixos devido à proximidade do feriado de Natal. O contrato de ouro para fevereiro subiu 0,27%, fechando a US$ 2.635,50 por onça-troy na Comex, refletindo uma recuperação diante da queda nas taxas de juros dos Treasuries dos EUA. No entanto, os dados econômicos fracos e a expectativa de um ritmo mais lento de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve impediram uma valorização mais expressiva do metal.
A alta do ouro foi limitada, principalmente, pelo impacto das taxas de juros mais altas, que tendem a reduzir o apetite dos investidores por ativos como o ouro, que não gera rendimento. Além disso, a força do dólar tem pressionado o yuan chinês, o que pode ter influenciado o comportamento dos compradores chineses, que buscam diversificar seus investimentos e, ao mesmo tempo, oferecem suporte ao preço do metal precioso.
Apesar das dificuldades de curto prazo, o Bank of America projeta que o preço do ouro ainda tem potencial para atingir US$ 3.000 por onça-troy no próximo ano, embora a consolidação do mercado possa durar até o primeiro semestre de 2024. O cenário de cautela sugere que os investidores terão que ser pacientes para ver os ganhos mais robustos no futuro, especialmente considerando os desafios macroeconômicos globais e as decisões do Federal Reserve sobre a política monetária.