Em 2024, o ouro registrou seu maior ganho em 14 anos, com um avanço de 27%, impulsionado pela flexibilização monetária dos EUA, pela crescente incerteza geopolítica e por um aumento significativo nas compras por bancos centrais. Embora o metal tenha perdido força após a eleição de Donald Trump em 2016, seus ganhos neste ano superaram os de outras commodities, como os metais básicos, que apresentaram um desempenho instável. O minério de ferro e o lítio, por exemplo, enfrentaram quedas significativas devido à desaceleração econômica global e a desafios específicos em setores como a indústria de veículos elétricos.
Apesar de um dólar mais forte e dos rendimentos reais do Tesouro mais elevados — fatores geralmente negativos para o ouro — o metal precioso conseguiu registrar uma série de recordes, destacando-se no setor de metais. Para 2025, os investidores seguem atentos às incertezas envolvendo a política monetária dos EUA, potenciais tensões políticas e os esforços da China para reverter sua desaceleração econômica. Esses fatores tornam o mercado de metais uma área de grande incerteza para o próximo ano.
Em contrapartida, outros metais sofreram com a desaceleração econômica, especialmente na China, onde a fraca demanda impactou fortemente os preços. O Índice LMEX, que acompanha seis metais na Bolsa de Metais de Londres, apresentou um crescimento modesto em 2024, com a demanda chinesa mais fraca sendo parcialmente compensada por dificuldades na oferta de cobre e zinco. O minério de ferro, com uma queda de 28%, e o lítio, com um segundo ano consecutivo de declínio, ilustram os desafios enfrentados por outros setores, enquanto o ouro continua a ser o grande destaque do ano.