O preço do ouro registrou queda de 1,24% nesta sexta-feira (13), fechando a US$ 2.675,80 por onça-troy na Comex, apesar da escalada das tensões geopolíticas no Leste Europeu e no Oriente Médio. A força dos Treasuries, os títulos do governo dos Estados Unidos, continuou a pressionar o metal precioso, o que contrasta com a busca por ativos considerados mais seguros, como o ouro, impulsionada pela instabilidade global. No entanto, o ativo apresentou um leve ganho semanal de 0,60%, refletindo o interesse dos investidores em meio à crise política mundial.
Enquanto isso, a situação geopolítica continuou a se agravar, com a Rússia realizando um ataque aéreo massivo contra a Ucrânia, disparando dezenas de mísseis e drones. O ING apontou que o principal fator de influência sobre o mercado de ouro é o comportamento do Federal Reserve, especialmente após as eleições nos EUA, com o mercado especulando um possível corte na taxa de juros em dezembro ou uma pausa em janeiro. A volatilidade nas convicções dos investidores tem mantido as posições no mercado de ouro restritas, com qualquer reversão de preço sendo rapidamente acompanhada de ajustes nas posições.
Apesar da queda no preço do ouro na última sessão, o Commerzbank observa que o metal está ganhando força no final do ano, após uma recuperação das perdas sofridas em novembro. A retomada das compras de ouro pelo Banco do Povo da China, após uma pausa de seis meses, também contribui para esse movimento. A persistente incerteza geopolítica mundial e as movimentações no mercado de juros são fatores-chave que devem seguir impactando a dinâmica do mercado de ouro nos próximos meses.