O preço do ouro registrou queda nesta quinta-feira (12), interrompendo uma sequência de quatro sessões de valorização. O recuo de 1,72% no contrato de fevereiro, que fechou a US$ 2.709,40 por onça-troy, é atribuído a uma correção após os recentes ganhos do metal. A alta nos juros dos Treasuries e o fortalecimento do dólar também contribuíram para a pressão sobre o preço do ouro, visto como um ativo de segurança, uma vez que os investidores passaram a priorizar os rendimentos mais atrativos dos títulos americanos.
Segundo a corretora Pepperstone, apesar da queda no pregão, o ouro tem apresentado um desempenho robusto ao longo do ano, com o impulso de alta ainda presente. As tensões geopolíticas no Leste Europeu e Oriente Médio têm ampliado a busca por ativos considerados mais seguros, como o metal dourado. Esse contexto ajuda a sustentar a visão de que a trajetória de valorização do ouro continua sólida, mesmo com as oscilações pontuais no curto prazo.
Além disso, o mercado segue atento à política monetária dos Estados Unidos, especialmente após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI), que gerou expectativas de um possível corte nos juros por parte do Federal Reserve. A redução nas taxas de juros poderia impulsionar novamente o ouro, uma vez que reduziria a atratividade dos ativos de renda fixa, favorecendo o metal precioso como um investimento mais seguro.