O preço do ouro registrou uma alta nesta terça-feira (10), impulsionado pela retomada das compras do metal precioso pelo Banco do Povo da China (PBoC), após seis meses de pausa. O PBoC adquiriu cerca de 5 toneladas métricas de ouro, o que, embora seja um volume menor em comparação com compras anteriores, sinaliza uma recuperação do ativo. A elevação do preço do ouro também reflete um aumento nas tensões geopolíticas e nas expectativas de um possível corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA.
A alta do ouro foi de 1,21%, fechando a US$ 2.718,40 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Analistas destacam que a compra do metal por bancos centrais, como o PBoC, é vista como uma força estrutural importante para o mercado do ouro, uma vez que esses bancos buscam reduzir sua dependência dos títulos do Tesouro dos EUA. A retomada das compras chinesas pode ser uma reação à instabilidade política nos Estados Unidos e às possíveis ameaças de tarifas punitivas contra a China.
Além disso, as expectativas sobre a redução das taxas de juros pelo Fed também favorecem o ouro, que é considerado um ativo seguro em tempos de incerteza. O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que será divulgado nos próximos dias, pode afetar os preços do ouro, dependendo do seu impacto sobre a inflação. Caso os preços ao consumidor se mostrem mais baixos do que o esperado, o ouro pode se beneficiar com uma maior demanda.