O ouro teve um pequeno avanço nesta terça-feira (24), fechando em alta de 0,27%, a US$ 2.635,50 por onça-troy, na Comex, apesar dos volumes reduzidos de negociação devido à proximidade do feriado de Natal. A valorização do metal precioso foi impulsionada pela queda das taxas de juros dos Treasuries, mas o desempenho foi moderado pela expectativa de que o Federal Reserve adotará um ritmo mais lento de cortes de juros no próximo ano, o que limita o potencial de ganho do ouro.
Segundo especialistas, a alta nos juros pode continuar a afetar a demanda por ouro, já que o metal não gera rendimento como outros ativos de juros mais altos. Mesmo com dados econômicos fracos, o ouro não conseguiu se beneficiar plenamente desse cenário devido à previsão de uma abordagem mais cautelosa do Fed. A incerteza quanto à política monetária do banco central dos EUA continua a influenciar o mercado de metais preciosos.
Além disso, analistas destacam que a força do dólar, que pressiona o valor do yuan chinês para baixo, pode estar motivando compradores chineses a diversificar seus investimentos, o que ajuda a manter um piso para os preços do ouro. De acordo com o Bank of America, o metal segue no caminho para alcançar US$ 3.000 por onça-troy no próximo ano, embora os investidores precisem aguardar o término do atual ciclo de consolidação do mercado, o que pode se estender até o primeiro semestre de 2024.