O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 4, após os dados de emprego dos Estados Unidos apontarem um crescimento menor do que o esperado na folha de pagamento privada em novembro, o que elevou as expectativas de um possível corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed). O contrato de ouro para fevereiro subiu 0,31%, alcançando US$ 2.676,20 a onça-troy. O cenário contribuiu para o aumento do apetite dos investidores pelo metal, que, apesar de não gerar juros, tende a se beneficiar de um ambiente de taxas de juros mais baixas.
Além disso, a valorização do ouro foi impulsionada por incertezas geopolíticas globais. Na Coreia do Sul, a instabilidade política interna gerou preocupações, enquanto no Oriente Médio a escalada das tensões levou o metal a ser visto como um porto seguro para os investidores. O mercado também aguarda declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e os dados de emprego de sexta-feira, o que pode influenciar as perspectivas para a política monetária americana.
A previsão de curto prazo para o ouro indica uma possível correção devido à força do dólar e à fraqueza do yuan, mas as expectativas de longo prazo continuam otimistas. Segundo analistas, o preço do ouro pode atingir US$ 3.000 a onça-troy até 2025, embora um movimento corretivo seja aguardado antes que o metal se torne atraente para novos investidores. A resistência imediata para o ouro é vista em US$ 2.800, e a alta das tensões globais e as políticas monetárias podem continuar a impulsionar a demanda por esse ativo nos próximos meses.