O preço do ouro futuro fechou em alta na terça-feira, 3 de dezembro, impulsionado pela queda do dólar e pelos juros mais baixos dos Treasuries, além das tensões geopolíticas em várias regiões. O ouro para fevereiro subiu 0,35%, alcançando US$ 2.667,90 a onça-troy, na Comex, com investidores buscando segurança diante de um ambiente de incertezas. A perda de força do dólar e a instabilidade política, como na Coreia do Sul e no Oriente Médio, contribuíram para o movimento de valorização do metal.
Além disso, o mercado reagiu aos dados de vagas de emprego e rotatividade de trabalhadores, conhecidos como Jolts, que sinalizam possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve. A expectativa sobre os dados do payroll, a serem divulgados na sexta-feira, 6, aumenta a especulação de um possível alívio nas taxas em dezembro. A redução nos juros tende a aumentar o apetite dos investidores por ouro, ativo que não rende juros, mas é tradicionalmente um porto seguro em tempos de incerteza.
A prata também se beneficia dessa dinâmica. De acordo com o banco Julius Baer, a perspectiva positiva para a prata segue a tendência do ouro, já que o metal é visto como uma combinação de reserva de valor e ativo industrial, devido à sua alta condutividade elétrica, essencial para o setor de energia solar. Com o dólar mais fraco e os rendimentos dos títulos dos EUA em queda, a prata continua atraente tanto para investidores que buscam segurança quanto para aqueles interessados em seu uso industrial.