O preço do ouro encerrou em alta na terça-feira, 3 de dezembro, impulsionado pela fraqueza do dólar e pela queda nos rendimentos dos Treasuries, além de tensões geopolíticas crescentes. O contrato futuro de ouro para fevereiro subiu 0,35%, alcançando US$ 2.667,90 a onça-troy. A valorização do metal precioso foi impulsionada pela perda de força do dólar frente a outras moedas e pelas incertezas no cenário geopolítico, como o agravamento da crise política na Coreia do Sul e os crescentes conflitos no Oriente Médio.
Além disso, o mercado reagiu aos últimos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, incluindo o relatório sobre vagas de emprego (Jolts), o que gerou expectativas de que o Federal Reserve possa reduzir as taxas de juros em breve. A possibilidade de corte nas taxas tende a beneficiar o ouro, que é um ativo que não oferece rendimento de juros, atraindo investidores em busca de segurança em tempos de incerteza econômica.
A prata também se beneficiou dessa conjuntura, conforme avalia o banco Julius Baer. A visão positiva sobre o metal deve continuar, dado que ele é visto como uma alternativa ao ouro para investidores que buscam um ativo ligado à moeda, com a vantagem adicional de ser um metal industrial de alto valor devido à sua aplicabilidade na tecnologia de energia solar. Dessa forma, tanto o ouro quanto a prata têm sido favorecidos por investidores em um cenário de incertezas globais e expectativas de uma política monetária mais flexível nos EUA.