A Otan anunciou nesta sexta-feira (27) que intensificará sua presença militar no Mar Báltico, em resposta a incidentes recentes envolvendo danos a um cabo de energia submarino e a linhas de internet na região. A medida surge em meio a uma investigação da Finlândia sobre um possível ato de sabotagem, após a apreensão de um navio suspeito de causar danos ao cabo Estlink 2, que conecta o país à Estônia. A Estônia, por sua vez, iniciou uma operação naval para proteger outra ligação elétrica estratégica.
As nações do Mar Báltico estão em alerta máximo desde 2022, quando a invasão russa à Ucrânia trouxe preocupações crescentes sobre possíveis atos de sabotagem contra infraestruturas críticas, como cabos de energia e gasodutos. Apesar disso, as autoridades ressaltam que falhas técnicas e acidentes também são possíveis causas para os danos. A Suécia aumentou a vigilância em suas instalações submarinas, empregando navios, aeronaves e uma estreita coordenação com outras nações da região.
A Finlândia solicitou apoio à Otan para reforçar a segurança e a investigação em curso, destacando o desejo de uma presença mais robusta da aliança na área. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, expressou apoio à medida e reafirmou o compromisso da organização em proteger a infraestrutura essencial dos seus membros. Enquanto isso, o Kremlin minimizou a importância da apreensão do navio e negou envolvimento nos incidentes, mantendo uma postura reservada diante das acusações.