O senador Angelo Coronel, relator do Orçamento da União para 2025, afirmou que a análise e votação do projeto orçamentário deverão ser adiadas para o próximo ano. Ele destacou que ainda existem pendências em relação ao pacote fiscal do governo, o que impacta diretamente as projeções de receitas e despesas. Sem uma definição clara do cenário fiscal, não seria possível elaborar um orçamento adequado para o ano seguinte, explicou. A falta de clareza sobre as diretrizes fiscais e a necessidade de reavaliações, como a mudança no valor do salário mínimo, também dificultam a conclusão do processo.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, e líderes do governo no Legislativo ainda esperam que a votação do Orçamento ocorra antes do recesso parlamentar, que começa na segunda-feira (23). No entanto, Coronel reiterou que a análise cuidadosa da proposta exige tempo e não há urgência em aprová-la antes de 2025. A decisão de adiar a votação não prejudica, segundo ele, o equilíbrio fiscal, pois o governo pode iniciar o ano com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ainda em tramitação.
Além disso, o relator destacou que a aprovação da LDO, que ainda depende da sanção presidencial e da análise de vetos, é crucial para definir as diretrizes da elaboração do Orçamento. Sem essas definições, o risco de se produzir um orçamento desconectado da realidade fiscal seria elevado. A análise de emendas e ajustes no orçamento também dependerá da revisão de medidas como as mudanças no salário mínimo, que impactam diretamente as despesas com a previdência e benefícios sociais.