Recentemente, a orca Tahlequah (J35), conhecida por ter nadado por 17 dias com o corpo de seu filhote morto em um aparente ato de luto, deu à luz a um novo bebê, identificado como J61. O filhote foi avistado pela primeira vez em 20 de dezembro, e sua identidade foi confirmada alguns dias depois por cientistas do Center for Whale Research. Tahlequah, que também é mãe de outros filhotes, teve seu primeiro filhote desde o incidente com seu filhote falecido em 2018, quando a orca fez manchetes internacionais devido à sua dedicação em manter o corpo do filhote à tona por semanas.
A chegada do novo filhote trouxe alegria, mas também preocupações entre os pesquisadores devido ao estado da população de orcas residentes do Sul, que estão em perigo de extinção. Embora o nascimento de cada filhote seja visto como uma vitória, os cientistas estão alertando sobre a alta taxa de mortalidade nos primeiros anos de vida desses animais. Com apenas 73 orcas registradas na última contagem, a situação da espécie continua crítica, especialmente devido à falta de alimento, como o salmão, essencial para a sobrevivência das orcas.
Além disso, os primeiros dias de vida de J61 têm gerado preocupação devido ao comportamento observado pela mãe e pelo filhote. A orca foi vista empurrando a cabeça do bebê, que não demonstrou sinais claros de vitalidade, o que gerou receios sobre a saúde do filhote. Os pesquisadores destacam a necessidade urgente de recuperar os estoques de salmão na região para garantir que as orcas tenham acesso a alimentos suficientes para sustentar suas populações em crescimento. A continuidade dos estudos e o monitoramento da saúde de J61 serão fundamentais para entender o futuro da espécie.