Opositores venezuelanos asilados na embaixada da Argentina em Caracas afirmaram sentir-se protegidos pela bandeira brasileira hasteada no local, desde agosto, mas pediram ações urgentes do governo brasileiro para facilitar sua saída da Venezuela. Em uma coletiva de imprensa virtual, os asilados, incluindo membros da equipe da líder opositora María Corina Machado, solicitaram maior coordenação entre o Brasil e a Argentina para garantir o salvo-conduto, destacando o agravamento da situação de vigilância e ameaças externas.
Os opositores denunciam que, além de sofrerem com cortes no abastecimento de eletricidade e o cerco de agentes de segurança, têm enfrentado restrições para a entrega de suprimentos essenciais, como água potável e medicamentos. Relataram também a presença de franco-atiradores nas proximidades da embaixada, o que eleva ainda mais o risco à sua segurança. Embora o governo brasileiro tenha evitado se pronunciar sobre as acusações, já solicitou diplomaticamente o salvo-conduto para os asilados, tanto por meio de contatos diretos com o governo venezuelano quanto em fóruns internacionais.
A situação é descrita pelos asilados como crítica, com um crescente clima de tensão. Embora reconheçam a cautela do governo brasileiro em manter boas relações com Caracas, os opositores pedem um esforço maior para evitar uma possível tragédia. Eles enfatizam a necessidade de uma ação urgente, considerando que a situação pode piorar rapidamente, e que o apoio da comunidade internacional, especialmente do Brasil, é essencial para sua proteção e saída segura da Venezuela.