Seis opositores ao governo venezuelano estão asilados na residência diplomática da Argentina em Caracas, onde enfrentam condições precárias, incluindo falta de energia elétrica, água potável e alimentos. Desde março de 2024, eles aguardam salvo-condutos para deixar o país, após serem acusados de terrorismo pelo regime de Nicolás Maduro. A situação piorou nesta quarta-feira, quando mais de 20 agentes de segurança se aproximaram da embaixada e agiram com hostilidade, indicando a possibilidade de invadir o local.
A líder opositora María Corina Machado pediu uma intervenção urgente dos governos do Brasil e da Argentina para resolver a crise. Ela denunciou que a residência diplomática foi transformada em uma espécie de prisão, violando acordos internacionais, como a Convenção de Viena, que garante a inviolabilidade das embaixadas. A embaixada da Argentina foi cedida ao Brasil após o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países, mas a Venezuela revogou a autorização para que o Brasil permanecesse no local.
A oposição venezuelana, que contesta a reeleição de Maduro nas eleições de julho de 2024, afirma ter documentos que provam a vitória de seu candidato, Edmundo González. O governo brasileiro, por sua vez, afirmou que continuará defendendo os interesses da Argentina na situação e reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica para o impasse.