O Partido Democrata da Coreia do Sul anunciou que apresentará um projeto de lei para o impeachment do presidente interino, Han Duck-soo, devido à sua recusa em nomear três juízes para o Tribunal Constitucional, uma medida considerada crucial no julgamento do presidente afastado, Yoon Suk-yeol. A oposição argumenta que Han não tem qualificação ou vontade para proteger a Constituição do país. O impasse ocorre em meio à crise constitucional gerada pela declaração de lei marcial de Yoon em dezembro, que está sendo analisada pelo tribunal.
O Partido Democrata, que detém a maioria no parlamento, pretende realizar uma votação na próxima sexta-feira, o que pode acirrar ainda mais as tensões políticas. Contudo, existe um desacordo sobre a necessidade de uma maioria simples ou de dois terços para o impeachment, o que levanta dúvidas sobre a viabilidade da medida. Han, por sua vez, afirmou que só tomará as nomeações quando houver consenso entre os partidos, pois acredita que uma nomeação unilateral poderia prejudicar a estabilidade constitucional do país.
O Tribunal Constitucional tem programada para sexta-feira uma audiência crucial sobre o caso do impeachment de Yoon, e as discussões sobre as nomeações dos juízes continuam a gerar controvérsias. A constituição sul-coreana exige uma votação unânime de seis juízes para a remoção de um presidente, o que torna o processo ainda mais complexo. Além disso, Yoon tem enfrentado críticas por não cumprir exigências legais do tribunal e por não responder a convocações em investigações relacionadas a outros casos. A situação permanece tensa, com as partes envolvidas em busca de uma resolução para a crise política.