A situação política na Coreia do Sul está em um momento crítico, com a votação do impeachment do presidente marcada para o sábado, 7 de dezembro. Lee Jae-myung, líder da oposição, expressou preocupações sobre a possibilidade de uma nova tentativa de lei marcial por parte do governo, após a recente decretação dessa medida. Embora o presidente tenha recuado após pressão da Assembleia Nacional e das ruas, Lee acredita que o país ainda está vulnerável a novos riscos autoritários.
O Partido Democrata, principal força de oposição, pediu que seus 170 deputados permanecessem no plenário até a votação para evitar que ocorram ações semelhantes às da terça-feira anterior, quando houve tentativas de manobras políticas no Parlamento. Lee Jae-myung também pediu a renúncia do presidente, acusando-o de aumentar sua responsabilidade a cada momento que continua no cargo. O apoio de apenas oito membros do partido governista será suficiente para a oposição garantir a maioria de dois terços necessária para aprovar a moção.
Além da crise política interna, o país vive uma tensão inédita, já que o presidente Yoon Suk Yeol declarou a lei marcial pela primeira vez em mais de quatro décadas. O fechamento de instituições, a suspensão da vida política e o controle militar dos meios de comunicação foram medidas que chocaram a população e a comunidade internacional. Apesar do recuo inicial, o risco de um novo episódio de lei marcial continua sendo uma preocupação central para os opositores.