Neste domingo (15), o líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, apelou à Corte Constitucional para que decida rapidamente sobre a destituição do presidente Yoon Suk Yeol, após sua remoção ser aprovada pelo Parlamento no sábado (14). O Parlamento votou pela destituição de Yoon, com 204 votos favoráveis e 85 contrários, devido à imposição da lei marcial em 3 de dezembro, que causou agitação em todo o país. A Corte tem 180 dias para validar ou rejeitar a decisão, e, caso a destituição seja confirmada, novas eleições presidenciais deverão ocorrer dentro de seis meses.
A decisão de Yoon de decretar a lei marcial e enviar o exército para impedir a reunião dos deputados, em um contexto de conflito sobre o orçamento, gerou uma onda de protestos no país. Milhares de manifestantes se reuniram em frente ao Parlamento, expressando seu descontentamento com a medida, enquanto outros apoiavam o presidente. Durante uma transmissão, Yoon pediu o fim das políticas extremas e do confronto, embora tenha se mostrado frustrado com os acontecimentos. O líder da oposição, Park Chan-dae, celebrou a destituição como uma vitória para a democracia sul-coreana.
Caso a destituição seja confirmada, Yoon será o segundo presidente da história da Coreia do Sul a ser removido por esse processo, após o caso de Park Geun-hye em 2017. Em contraste, a Corte já havia anulado a destituição do presidente Roh Moo-hyun em 2004, criando um precedente importante no processo político do país. O presidente interino, Han Duck-soo, assumiu a liderança e prometeu garantir uma governança estável, com o apoio dos Estados Unidos, que reafirmaram a importância da aliança entre os dois países.