O partido de oposição da Venezuela denunciou a prisão do político e ativista Jesús Armas, acusando o governo de Nicolás Maduro de repressão e perseguição contra os opositores. A detenção foi divulgada nas redes sociais, e a oposição solicitou informações ao Ministério Público venezuelano, aguardando uma resposta. A acusação se insere em um contexto de crescente repressão, com um aumento nas detenções arbitrárias de opositores desde as eleições presidenciais de julho, cujo resultado é contestado pela oposição.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também condenou a prisão, lembrando que a responsabilidade pela segurança de Armas recai sobre o governo venezuelano. Líderes opositores, como María Corina Machado, se manifestaram contra o ato, alegando que o político foi sequestrado por agentes do regime. O movimento oposicionista enfatiza a importância de libertar Armas e outros prisioneiros políticos, além de denunciar as condições de repressão no país.
A prisão de Armas ocorre a um mês do início do novo mandato presidencial, com tanto Nicolás Maduro quanto o opositor Edmundo González reivindicando a posse para 10 de janeiro. As tensões políticas continuam a crescer, especialmente após a disputa eleitoral de julho, e o número de presos políticos na Venezuela segue alto, com a organização de direitos humanos Foro Penal relatando 1.905 prisioneiros até dezembro. A situação continua a gerar protestos e vigílias dentro e fora da Venezuela, com um apelo crescente pela libertação dos detidos.