Uma jovem de 22 anos, que foi baleada durante a Operação Torniquete, realizada no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, faleceu na quinta-feira (13), após 10 dias internada em estado grave. A operação, que teve como objetivo combater o tráfico de drogas, resultou em seis pessoas feridas no dia da ação. A vítima estava a caminho do trabalho quando foi atingida por tiros enquanto aguardava um ônibus na Rua Uranos. A mãe da jovem relatou que a filha a avisou por telefone, minutos antes de ser baleada, sobre os tiroteios que estavam ocorrendo na região.
A operação policial, que envolveu diversas forças de segurança, incluindo a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, teve como alvo líderes do tráfico de drogas do Comando Vermelho, uma facção criminosa envolvida em uma série de atividades ilícitas. Durante a ação, que começou às primeiras horas da manhã, criminosos incendiaram barricadas e até um veículo, dificultando a mobilização policial. Além disso, a operação visava cumprir mandados de prisão e apreensão contra membros do grupo, incluindo suspeitos de tráfico, roubos e outros crimes, com o objetivo de desarticular a atuação da facção na região.
A ação também contou com a participação da Polícia Militar e do Ministério Público do Rio de Janeiro, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). A operação teve como foco não só a prisão de traficantes, mas também a erradicação das disputas territoriais que ocorrem no Complexo da Penha, um ponto estratégico para o comando das atividades criminosas no estado.