A Operação Overclean, realizada pela Polícia Federal (PF), revelou um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. Durante a operação, mais de R$ 3 milhões em espécie, 23 carros de luxo, três aeronaves, entre outros bens de alto valor, foram apreendidos. A investigação, que teve início a partir de um pregão eletrônico do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), envolveu diversos suspeitos ligados a administrações municipais e empresas contratadas por órgãos públicos.
O grupo investigado é acusado de desviar aproximadamente R$ 1,4 bilhão, com operações fraudulentas que ocorreram principalmente entre 2021 e 2024. A organização criminosa usava um esquema estruturado para superfaturar contratos e realizar pagamentos ilegais, utilizando empresas de fachada e outros métodos para ocultar a origem dos recursos desviados. A PF identificou que os membros do grupo, incluindo empresários e servidores públicos, possuíam uma rede de contatos que facilitava a execução das fraudes e o favorecimento de empresas ligadas ao esquema.
Além das prisões, a operação gerou repercussão nas prefeituras de diversas cidades, com exonerações de servidores públicos envolvidos no caso. A PF segue investigando a extensão do esquema e os fluxos financeiros utilizados para movimentar os valores desviados. Os envolvidos podem enfrentar penas severas, que podem ultrapassar 50 anos de prisão, caso sejam condenados pelos crimes de corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.